Uma reportagem da SIC Noticias refere que uma equipa da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, validou uma técnica que permite diagnosticar a doença de Parkinson antes dos sintomas motores se manifestarem. Lentidão de movimentos, tremor de repouso, rigidez muscular, quando surgem estes sintomas é sinal de que os neurónios já estão a morrer há vários anos. Mas este estudo abre agora caminho ao diagnóstico numa fase inicial, através de um teste que deteta os agregados de uma proteína no líquido cefalorraquidiano.
Luís Oliveira, investigador da Fundação Michael J. Fox, explica que este teste “é muito sensível e consegue detetar uma quantidade ínfima” da proteína”.
Já Cristina Costa, presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças do Movimento, sublinha que “precisávamos de um marcador que nos dissesse com segurança que se trata de um doente que vai desenvolver a doença.”
Os investigadores testaram amostras do líquido cefalorraquidiano – um líquido que envolve o cérebro e a medula espinal – que foram colhidas através de uma punção lombar.
Neste estudo, financiado pela Fundação Mickael J. Fox e publicado na revista Lancet Neurology, participaram mais de mil pessoas com doença de Parkinson.
Luís Oliveira revela que o objetivo é transformá-lo num teste que possa ser usado com uma colheita de sangue, ou através da recolha da mucosa do nariz ou de uma biopsia de pele, para que possibilite uma utilização em larga escala.
Este teste já está a ser comercializado para investigação e pode ser útil em ensaios clínicos e no desenvolvimento de novas terapias.
Em Portugal, há cerca de 20 mil pessoas diagnosticadas com este distúrbio neurodegenerativo que afeta sobretudo o sistema motor.
A doença é causada pela perda de neurónios que produzem dopamina. Não há cura, existem apenas tratamentos para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Veja AQUI a reportagem da SIC Noticias.